Na noite de 6 de outubro de 2025, a TV Asa Branca Alagoas, recém‑afiliada da Rede Globo, lançou o telejornal AB2 às 19h10, marcando o primeiro produto jornalístico local da emissora no estado. A estreia não foi apenas mais um horário na grade; foi um manifesto de que a informação pode (e deve) chegar com "credibilidade com sotaque da terra", como disse a direção da TV Asa Branca.
Contexto da nova afiliação em Alagoas
A mudança de guarda aconteceu após decisão do Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), em . O STF acatou o pedido da Globo para revogar a obrigatoriedade de renovação do contrato da antiga afiliada TV Gazeta. A partir da madrugada de 27 de setembro, o canal 28.1 passou a exibir a identidade da TV Asa Branca e a retransmitir a programação da Globo, enquanto o subcanal 28.2 ficou com o Canal Futura.
Esse cenário gerou uma situação inédita: duas emissoras – TV Gazeta e TV Asa Branca – transmitindo simultaneamente o mesmo conteúdo da Globo. Ainda assim, a nova afiliada trouxe consigo o projeto Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, firmado em junho, para produzir conteúdo educativo no subcanal. A estratégia, segundo o diretor de jornalismo Mauro Wedekin (marcado como Mauro Wedekin), era “injetar energia e autenticidade na mídia local”.
Lançamento do AB2: formato e proposta editorial
O AB2 traz um formato compacto, 30 minutos de notícias ao vivo, mas com a mesma profundidade de um noticiário nacional. A apresentadora Nathália Lopes – jornalista nascida em Maceió – abre o bloco com um olhar direto e próximo, sem filtros corporativos que muitas vezes afastam o telespectador da realidade local.
Ao seu lado, a equipe de repórteres – Lucas Malafaia, Thiffanne Barboza e Henrique Pereira – cobre desde a política estadual até as festas populares nas áreas rurais. “Estamos aqui para ficar, valorizando as histórias, a cultura e a voz dos alagoanos”, declarou a direção, ecoando o compromisso de Nathália: “É nosso jeito de contar o que acontece aqui, sem milímetros de distância”.
O telejornal também adota recursos digitais: entrevistas ao vivo via redes sociais, mapas interativos das regiões cobertas e um segmento especial chamado "Sotaque da Terra", onde moradores contam suas próprias narrativas. O objetivo, segundo a produção, é “garantir que as notícias cheguem aos telespectadores com a proximidade e o olhar de quem vive a realidade alagoana”.
Reação do público e primeiras avaliações
Logo após a estreia, redes sociais foram inundadas por comentários entusiasmados. No Twitter, o usuário @AlagoasViva escreveu: "Finalmente um telejornal que fala a nossa língua!". Já no Facebook, o grupo “Alagoas em Foco” bateu palmas ao ver a reportagem de Lucas Malafaia sobre a crise hídrica em Marechal Deodoro, que gerou 2,3 mil visualizações em menos de duas horas.
Os indicadores de audiência ainda são preliminares, mas a medição da Kantar IBOPE apontou um share de 8,7% na capital durante a primeira transmissão, superando a média dos noticiários locais nos últimos três meses. Para a própria emissora, isso representa um “bom começo”, mas o desafio será manter a credibilidade e ampliar a cobertura para áreas ainda pouco atendidas, como o interior de Penedo.
Próximos passos e desafios para o AB2
Com a estrutura de sinal já disponível nos principais municípios – Maceió (canal 28.1), Arapiraca (15.1) e Delmiro Gouveia (14.1) – a diretoria pretende expandir a grade de jornalismo local nos próximos seis meses, incluindo um bloco de economia regional e um programa de entrevistas semanais.
Entretanto, a concorrência com a TV Gazeta permanece acirrada. Analistas do Instituto de Estudos de Mídia de Alagoas alertam que a sobrevivência da nova afiliada dependerá de “investimentos contínuos em tecnologia de transmissão e treinamento de pessoal”, além de uma “estratégia clara de diferenciação editorial”.
Por fim, o diretor de jornalismo, Mauro Wedekin, já indica que o próximo grande passo será a criação de um hub de produção de conteúdo multiplataforma, integrando TV, rádio e mídias digitais, para que o AB2 possa alcançar alagoanos que ainda não têm acesso à TV aberta tradicional.
FAQ
Perguntas Frequentes
Como o AB2 pode impactar a cobertura jornalística em Alagoas?
Ao reunir uma equipe 100% alagoana, o AB2 traz uma perspectiva mais próxima da realidade local, o que tende a melhorar a relevância das pautas e aumentar a confiança do público nas informações transmitidas.
Quais são os requisitos para assistir ao AB2?
É necessário fazer a ressintonia da TV e, se preciso, ajustar a antena. O sinal está disponível em Maceió (canal 28.1), Arapiraca (15.1) e Delmiro Gouveia (14.1).
Qual foi o papel do STF na mudança de afiliada?
Em 26 de setembro de 2025, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, acatou o pedido da Globo para revogar a obrigação de renovação do contrato com a TV Gazeta, permitindo que a TV Asa Branca assumisse a afiliação.
Quem são os principais apresentadores e repórteres do AB2?
A apresentadora é Nathália Lopes. Os repórteres são Lucas Malafaia, Thiffanne Barboza e Henrique Pereira.
Quais são os próximos planos da TV Asa Branca para o jornalismo?
A emissora pretende lançar blocos de economia regional, um programa de entrevistas semanais e criar um hub de produção multiplataforma que una TV, rádio e conteúdo digital.
Cinthya Lopes
outubro 7, 2025 AT 22:58Ah, a nova TV Asa Branca resolveu nos presentear com um AB2 tão pomposo que parece ter sido escrito por um dramaturgo da corte imperial. O “sotaque da terra” é, obviamente, a mais alta expressão de um regionalismo que só os aristocratas da mídia conseguem degustar. É quase poético ver como a emissora abraça a “credibilidade com sotaque da terra”, como se o povo precisasse de um tradutor para entender a própria realidade. Espero que o brilhantismo editorial não se perca nas manchetes de quatro linhas. Até o próximo “manifesto” de tão alta retórica.
Fellipe Gabriel Moraes Gonçalves
outubro 8, 2025 AT 01:11Gente, tô muito feliz com esse AB2, ta parecendo que finalmente a gente vai ter notícia que fala a nossa lanhga. A Nathália tem um jeito que deixa tudo mais claro, nem precisou ficar enrolando. Vamo apoiar esse jornal que parece ter sido feito pra gente, sem frescura.
Continuem assim!
Rachel Danger W
outubro 8, 2025 AT 03:25Oi, só passando pra dizer que o AB2 pode ser a fachada perfeita para algo maior, né? Sempre tem alguém nos bastidores que quer controlar a narrativa e usar o “sotaque da terra” como camuflagem.
Fica o toque: fiquem de olho nas fontes que desaparecem do nada.
Davi Ferreira
outubro 8, 2025 AT 05:38Que energia boa esse lançamento! O AB2 traz aquela vibração que a gente precisa pra se sentir mais conectado à nossa terra. Cada reportagem parece um convite pra descobrir algo novo e inspirador. Vamos compartilhar e fazer esse projeto crescer ainda mais!
Marcelo Monteiro
outubro 8, 2025 AT 07:51Ora, ora, vejamos que cenário mais exuberante se desenha diante de nossos olhos, onde a TV Asa Branca, com sua intenção aparentemente altruísta, decide inundar o espectador com um noticiário que beira o festival de informações. Não é demais como o AB2 tenta, em sua forma compacta, abraçar a complexidade de um noticiário nacional, como se o próprio universo jornalístico fosse condensado em meia hora? O esforço para integrar entrevistas ao vivo via redes sociais, mapas interativos e o segmento "Sotaque da Terra" soa quase como uma tentativa de dominar todos os sentidos do telespectador, porém não podemos deixar de lembrar que há sempre uma linha tênue entre o zelo informativo e a pretensão indevida. Ainda assim, devo admitir que a proposta tem seu charme, principalmente pela escolha de uma equipe 100% alagoana, embora eu me pergunte se a autenticidade não será apenas um véu para estratégias de mercado mais agressivas. Enfim, seguimos observando, com a esperança de que a credibilidade não se perca em meio a esse espetáculo midiático.
Jeferson Kersten
outubro 8, 2025 AT 10:05O foco do AB2 em cobrir a crise hídrica de Marechal Deodoro demonstra um comprometimento necessário com temas de relevância regional. Contudo, a manutenção de um padrão jornalístico rigoroso requer não apenas a presença de repórteres locais, mas também a verificação constante das fontes. Sem essa disciplina, o risco de desinformação aumenta, comprometendo a credibilidade recém-conquistada. Recomendo que a diretoria institua um protocolo de checagem tripla antes da veiculação de dados críticos.
Jeff Thiago
outubro 8, 2025 AT 12:18Ao se analisar o panorama midiático de Alagoas, torna-se imperativo reconhecer que a aparição do AB2 constitui um fenômeno multifacetado, suscetível de diversas interpretações acadêmicas e operacionais. Primeiramente, a escolha de um formato de 30 minutos revela uma estratégia de otimização de recursos, alinhando-se ao paradigma de consumo veloz de notícias contemporâneo. Em segundo lugar, a implementação de recursos digitais, como entrevistas ao vivo via redes sociais, indica uma convergência tecnológica que visa ampliar o alcance demográfico, sobretudo entre a população jovem, cuja preferência por plataformas interativas tem sido documentada por estudos recentes. Ademais, o segmento "Sotaque da Terra" pode ser interpretado como uma tentativa de legitimar a narrativa local, porém há risco de reforçar estereótipos regionais, caso não haja uma curadoria rigorosa. A perspectiva de expansão para blocos de economia regional e um programa de entrevistas semanal sugere uma visão de longo prazo, contudo, tal expansão demanda investimentos substanciais em infraestrutura de transmissão, capacitação de pessoal e, sobretudo, em sistemas de gestão de conteúdo que assegurem a integridade editorial. A concorrência com a TV Gazeta introduz um agravo competitivo que pode forçar a Asa Branca a adotar práticas de diferenciação editorial, como a adoção de um código de ética robusto e a institucionalização de auditorias independentes de conteúdo. Por fim, a proposta de criação de um hub de produção multiplataforma representa uma ambição de integrar diferentes veículos de comunicação, o que, se executado com eficácia, poderia posicionar o AB2 como um paradigma de jornalismo regional integrado. Contudo, essa iniciativa requer um planejamento meticuloso, contemplando questões de governança, financiamento sustentável e compliance regulatório, sem os quais o projeto pode se tornar vulnerável a falhas operacionais e reputacionais. Em síntese, o AB2 tem potencial para redefinir o cenário jornalístico alagoano, mas seu sucesso dependerá da execução disciplinada de estratégias multidimensionais que atendam a requisitos técnicos, editoriais e éticos de forma equilibrada.
Circo da FCS
outubro 8, 2025 AT 14:31AB2 tá aqui e não pode ser ignorado, bora assistir
Savaughn Vasconcelos
outubro 8, 2025 AT 16:45Ao contemplar a emergência do AB2, surge a indagação filosófica sobre o que realmente significa “contar a história da terra”. Não se trata apenas de transmitir fatos, mas de revelar as camadas invisíveis que compõem a identidade coletiva de Alagoas. Cada reportagem deve ser, portanto, um espelho que reflete as aspirações, dores e esperanças dos habitantes, permitindo que o espectador reconheça seu próprio reflexo na narrativa. É necessário um olhar atento que vá além da superfície, escavando as raízes culturais que alimentam a vivência cotidiana. Dessa forma, o AB2 tem o potencial de se tornar um fórum de diálogo, onde o jornalismo se funde com a memória viva do povo.
Rafaela Antunes
outubro 8, 2025 AT 18:58O AB2 parece prometedor, mas ainda falta coerencia em alguns relatos que parecem meio confusos.