Transferência: novidades que vão mudar como você usa Pix e TED
Se você ainda acha que transferir dinheiro é coisa de outro tempo, prepare-se: o Banco Central acabou de anunciar mudanças que mexem com o Pix, o TED e até com a forma como as fintechs operam. O papo é simples – têm novos tetos de valor e requisitos de segurança – e, se você quiser evitar surpresas na hora de pagar contas ou receber o salário, é bom ficar por dentro.
Qual é o limite novo do Pix?
Até agora o Pix era praticamente ilimitado para quem tinha conta bancária. Agora, a regra traz um teto diário que varia conforme o tipo de instituição e o perfil do cliente. Para a maioria dos usuários, o máximo ficou em R$ 5 mil por dia, mas clientes com histórico de uso intenso ou que mantenham saldo alto podem chegar a R$ 15 mil. O que isso significa na prática? Se você costuma dividir a conta do aluguel ou fazer compras online de valores maiores, pode precisar dividir a operação em duas transferências ou usar o TED.
TED também tem novas restrições
O TED, que já tem um limite de R$ 5 mil por operação, agora ganha um controle ainda mais rígido: o banco deve checar a origem dos recursos antes de autorizar transfers acima de R$ 10 mil. Além disso, a taxa de transferência pode mudar de acordo com o volume mensal que você movimenta. Na hora de enviar dinheiro para outra cidade ou pagar serviços de grande valor, esteja pronto para confirmar sua identidade ou até aguardar alguns minutos a mais para a aprovação.
Outro ponto que o BC destacou foi a exigência de padrões mínimos para fintechs. Elas precisam ter sistemas de monitoramento que detectem movimentos suspeitos em tempo real. Se a sua conta está em uma fintech, pode ser que você veja notificações pedindo documentos adicionais antes de concluir certas transferências.
E tem mais: caso um cliente tente burlar o limite usando várias contas ou transações fracionadas, o banco pode bloquear temporariamente a conta ou aplicar multas. Por isso, a melhor estratégia é planejar suas transferências com antecedência e, se possível, consolidar pagamentos maiores em um único dia, para não ficar correndo contra o relógio.
Mas não se desespere. Se você usa o Pix para compras do dia a dia – como pagar o café, a conta de luz ou dividir a conta do supermercado – nada muda. O valor está bem abaixo dos novos tetos, então a experiência continua a mesma: rápida, sem taxa e 24h.
Para quem tem negócios, vale a pena conversar com o gerente ou com o suporte da fintech. Eles podem oferecer linhas de crédito ou limites exclusivos que se encaixam nas novas regras. Muitos bancos já têm pacotes de “transferência corporativa” que aumentam o teto diário e evitam a necessidade de autorizações manuais.
Resumo rápido: limite diário do Pix entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, checagem rigorosa para TED acima de R$ 10 mil, fintechs com monitoramento reforçado e atenção redobrada para transações fracionadas. Fique de olho nas notificações da sua instituição e ajuste seus hábitos de pagamento para não ter dor de cabeça.
Se ainda restou alguma dúvida, a dica é acessar o canal de atendimento do seu banco, ler os termos atualizados no site do Banco Central e, se precisar, usar um simulador de limites que muitas fintechs oferecem. Assim você garante que sua transferência chega onde precisa, sem bloqueios inesperados.