RPC: o que é e como funciona
Se você já ouviu falar de RPC, já tem uma pista do que vamos explorar aqui. Quando falamos de RPC (Remote Procedure Call, um protocolo que permite a um programa executar uma função em outro computador como se fosse local, também conhecido como Chamada de Procedimento Remoto), estamos tratando de comunicação entre processos distribuídos. Em termos simples, um cliente envia uma solicitação e o servidor responde com o resultado, tudo mascarado como se fosse uma chamada local. Essa abstração reduz a complexidade do desenvolvedor, já que ele não precisa lidar com detalhes de rede.
Entidades relacionadas ao RPC
Para entender o impacto do RPC no mundo real, vale conectar alguns conceitos vizinhos. A API, Interface de Programação de Aplicações que define como softwares interagem é a porta de entrada para chamadas remotas; sem uma API bem estruturada, o RPC perde sua utilidade prática. Já o gRPC, framework de código aberto da Google que implementa RPC usando Protocol Buffers traz performance e tipagem forte, tornando as chamadas mais rápidas e seguras. Por outro lado, o modelo REST, arquitetura baseada em HTTP que usa recursos como verbos GET, POST, PUT e DELETE muitas vezes concorre com RPC, oferecendo simplicidade e interoperabilidade via JSON.
Essas entidades formam uma rede de relações: RPC permite comunicação entre processos distribuídos; API define a interface que o RPC utiliza; gRPC aprimora o RPC com serialização eficiente; REST oferece uma alternativa mais leve para exposições de serviço. Quando os desenvolvedores adotam microserviços, cada serviço costuma expor sua própria API, e o RPC entra como mecanismo interno para chamadas rápidas entre eles. Dessa forma, a arquitetura de microserviços depende de APIs bem definidas e, em muitos casos, de RPC ou gRPC para manter latência baixa.
Nos últimos anos, a adoção de RPC cresceu em áreas como sistemas bancários, plataformas de streaming e jogos online, onde a velocidade da chamada é crítica. As empresas têm buscado combinar RPC com protocolos seguros (TLS) e estratégias de observabilidade (tracing, métricas) para garantir confiabilidade. Essa combinação cria um ecossistema onde desenvolvedores podem escolher entre RPC tradicional, gRPC ou mesmo híbridos com REST, conforme requisitos de desempenho e compatibilidade.
Agora que você tem uma visão clara de como RPC se encaixa no panorama de APIs, gRPC e microserviços, segue a lista de artigos que aprofundam cada aspecto, dão exemplos práticos e mostram as últimas tendências do mercado. Confira abaixo para entender como aplicar essas ideias nos seus projetos.