Afogamento: prevenção, sinais e socorro rápido
Quando a água parece tranquila, o perigo pode estar mais perto do que a gente imagina. O afogamento é uma das causas de morte evitáveis mais comuns no Brasil, e a maioria dos casos acontece porque alguém não sabe o que fazer a tempo. Neste artigo você vai entender por que o afogamento acontece, como evitar situações de risco e o que fazer se alguém começar a se afogar.
Principais causas e como prevenir
Alguns fatores aumentam muito a chance de afogamento: falta de supervisão, crianças sozinhas na água, consumo de álcool ou drogas, e falta de conhecimento básico de natação. Se você tem filhos, nunca os deixe perto da piscina sem um adulto atento. Coloque cercas firmes, alarmes ou coberturas de segurança nas áreas de banho.
Para quem gosta de praia, a correnteza é um vilão silencioso. Sempre observe as bandeirinhas que indicam se o mar está seguro. Quando a bandeira está vermelha, a água está perigosa: é melhor sair do mar e procurar ajuda. Se precisar entrar, vá em grupo e escolha locais onde haja salva-vidas de plantão.
O álcool também atrapalha o julgamento. Uma cervejinha pode dar a sensação de que você está bem, mas o reflexo diminui e a coordenação fica comprometida. Por isso, evite beber antes de entrar na água, especialmente se for nadar ou praticar esportes aquáticos.
Aprender a nadar salva vidas. Cursos de natação para crianças costumam ser gratuitos nas escolas públicas. Se ainda não sabe nadar, inscreva-se em aulas básicas. Mesmo quem já nada deve praticar técnicas de respiração e de flutuação, porque em situações de pânico o corpo pode se cansar rápido.
Primeiros socorros: o que fazer na hora
Se alguém está se afogando, a reação precisa ser rápida e firme. O primeiro passo é chamar ajuda imediatamente: grite por um salva-vidas, peça a alguém que ligue para o SAMU (192) e, se houver, acione o número de emergência local.
Ao chegar perto da vítima, nunca se jogue sem saber nadar bem. Use um objeto flutuante – boia, prancha ou até uma garrafa de plástico – para alcançar a pessoa. Se precisar entrar na água, faça movimentos curtos, segure a vítima debaixo dos braços, perto da axila, e empurre-a para a superfície.
Assim que a pessoa estiver fora da água, verifique se está respirando. Se não houver respiração, comece a RCP (ressuscitação cardiopulmonar) imediatamente: 30 compressões torácicas seguidas de 2 insuflações de boca‑boca. Continue até a chegada de socorristas ou até a vítima recuperar o fôlego.
Para crianças menores de 1 ano, a técnica muda um pouco: pressione duas vezes na coluna e, depois, faça compressões no peito com dois dedos. O importante é não perder tempo e agir com calma, sem pânico.
Lembre‑se também de observar a temperatura da água. Em água fria, o choque térmico pode causar parada cardíaca. Se a vítima estiver muito fria, cubra-a com toalhas secas antes de iniciar a RCP.
Após o socorro, a pessoa deve ser avaliada por um médico, mesmo que pareça estar bem. Muitas vezes, a falta de oxigênio pode causar complicações depois de algumas horas.
Com essas dicas simples – supervisão constante, respeitar as bandeirinhas, evitar álcool e saber como agir – você diminui drasticamente o risco de afogamento. A água pode ser divertida, mas o respeito às regras salva vidas. Compartilhe essas informações com família e amigos e ajude a tornar nossos ambientes aquáticos mais seguros.