Romano Mussolini deixa a Serie B e vai para a Serie A com a Cremonese

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Romiro Ribeiro 21 setembro 2025

Imagine ser reconhecido pelo sobrenome mais conhecido da história italiana e ainda tentar conquistar um lugar nos gramados da Serie A. Essa é a realidade de Romano Mussolini, o lateral-direito de 22 anos que acaba de trocar a Serie B pela elite do futebol italiano.

Quem é o jovem lateral?

Filho da política Alessandra Mussolini e neto do pianista Romano Mussolini, ele tem na família um legado que inclui também a atriz Sophia Loren, sua tia‑avó. Nascido em Roma em 27 de janeiro de 2003, o jovem estudou na St George's British International School, onde aprendeu a falar inglês e a lidar com a mídia desde cedo.

O caminho nos campos começou nas categorias de base do AS Roma, mas logo migrou para o rival Lazio. Lá, ele cresceu no sistema de juvenis, ajudando a equipe a vencer a Super Copa da Primavera 2. Depois de se firmar nas categorias inferiores, fez a primeira temporada profissional emprestado ao Pescara, na Serie C, onde atuou em 32 partidas no ano de 2023‑24.

  • Início nas categorias de base do AS Roma
  • Transferência para o Lazio e vitória na Primavera 2 Super Cup
  • Temporada de 2023‑24 no Pescara, 32 jogos
  • Participação em programa de TV ao lado da mãe, aumentando sua visibilidade

Mesmo com todo o peso do sobrenome, ele sempre deixou claro que política não faz parte da sua vida. “Prefiro que me chamem de Romano, não de Floriani”, dizia ele em entrevistas, reforçando que o objetivo é ser reconhecido apenas pelo desempenho em campo.

A nova empreitada na Cremonese

A nova empreitada na Cremonese

Depois de um ano de empréstimo na Juve Stabia, onde foi titular na grande maioria das 37 partidas, marcando um gol e distribuindo quatro assistências, o clube da Serie B manifestou interesse em mantê‑lo. Contudo, a Lazio optou por recolhê‑lo e, no mesmo dia 14 de julho de 2025, acertou um novo empréstimo com a Cremonese, equipe que disputa a Serie A, incluindo cláusula de compra.

O movimento representa um salto de nível significativo. Enquanto na Juve Stabia ele enfrentava adversários da segunda divisão, agora terá a chance de testar seu futebol contra clubes como Juventus, Inter e Milan. O lateral‑direito chega ao elenco da Cremonese com a missão de aportar velocidade e qualidade nos cruzamentos, atributos que lhe renderam destaque na temporada passada.

Os dirigentes da Cremonese veem em sua contratação um reforço de longo prazo. A cláusula de compra indica que, caso ele se adapte bem ao ritmo da Serie A, pode virar parte permanente da equipe. Por outro lado, a Lazio mantém a opção de receber de volta o jogador, caso a proposta não seja suficiente.

Para o próprio atleta, o desafio é simples: “Quero jogar, melhorar a cada partida e deixar o sobrenome de lado”. Ele chega a Cremona motivado a mostrar que, independentemente da história familiar, tem talento e vontade de crescer no futebol europeu.

10 Comentários

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    Flávia Pellegrino

    setembro 22, 2025 AT 18:16

    Se ele fosse filho de um padeiro, ninguém daria bola. Mas por ser Mussolini? Claro que vira notícia. O futebol é assim: quem tem nome pesado, mesmo sem talento, vira fenômeno.

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    Moisés Lima

    setembro 23, 2025 AT 00:25

    Isso aqui é uma operação de limpeza de imagem da família Mussolini. A mídia italiana tá usando o futebol pra redimir o nome do avô. E olha que o garoto nem é fascista, mas o sistema quer transformar ele num símbolo de renascimento. A Lazio tá jogando com o passado pra vender mais camisas. Tudo é manipulação. A Cremonese nem deveria ter assinado. Eles sabem que isso é um experimento midiático, não esportivo. E o pior? Todo mundo cai nessa. A gente esquece que futebol é jogo, não propaganda política disfarçada de esporte. Eles querem que a gente esqueça que o nome dele é um peso histórico. E não um talento.

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    Veridiana Farias

    setembro 24, 2025 AT 00:04

    Que história linda, né? Um garoto que cresceu entre aulas de inglês, TV e campos de futebol, tentando ser só ele mesmo. O nome dele é um legado que pesa mais que uma mochila cheia de bolas de futebol, mas ele tá tentando carregar com leveza. Acho que o mais bonito é que ele não quer ser o neto de ninguém - só o Romano que marca assistência e corre como se o mundo estivesse atrás dele. E olha que ser filho de Alessandra e neto de Romano (o pianista, não o ditador) é como nascer com um microfone na mão e um piano no peito. Ele escolheu o campo. E isso já é revolução.

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    Luciano Ammirata

    setembro 25, 2025 AT 13:34

    Na verdade, o que estamos vendo aqui é a dialética hegeliana aplicada ao futebol moderno: o indivíduo (Romano) se confronta com a tese (o peso histórico do sobrenome) e a antítese (a busca por identidade própria) gera uma síntese: a aceitação por mérito. Mas será que isso é possível num sistema capitalista onde o nome ainda vale mais que o desempenho? Ele pode ser o primeiro caso de autenticidade em um mundo de marketing esportivo. Ou será só mais um produto embalado com nostalgia? Afinal, o que é mais forte: o talento ou o mito? E se o mito for o que vende? Então o talento só serve como adorno.

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    antonio marcos valente alves marcos

    setembro 25, 2025 AT 20:31

    Que porra é essa de sobrenome pesado ele tá só tentando jogar futebol e todo mundo tá falando de política e história e isso é ridículo eu quero ver ele na Serie A e não ouvir mais nada sobre o avô dele se ele fizer um bom jogo ninguém vai lembrar de quem ele é filho só vai lembrar que ele correu como um louco e deu uma assistência de encher os olhos

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    Joffre Vianna

    setembro 25, 2025 AT 22:14

    Claro que ele vai ser um herói do povo agora. O garoto tem o nome de um ditador, mas é lindo porque ele não quer ser político. Como se isso o tornasse mais puro. Como se o fato de ele ser neto de um pianista e sobrinho de Sophia Loren não fosse o verdadeiro trunfo. A elite italiana adora um herói que não quer ser herói. É o novo fashion: o aristocrata que se recusa a ser aristocrata. Mas no fundo, ele é só mais um rico que teve acesso a tudo e agora é aplaudido por não ser um monstro. Ainda assim, acho que ele vai ser bom. Mas não por mérito. Porque a história é mesmo mais forte que o talento.

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    Victória Ávila

    setembro 27, 2025 AT 13:45

    ele disse que quer ser chamado de romano e não de floriani... mas o nome dele é romano mussolini, né? será que ele tá tentando se desvincular de algo que não pode ser apagado? tipo, o nome é parte da identidade, mesmo que a gente não goste. talvez o que ele queria dizer é que não quer ser julgado por isso. mas será que é possível? acho que o nome dele é como uma sombra que sempre vai acompanhar. mas se ele jogar bem, talvez a sombra vire só um fundo bonito pra luz dele.

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    Nathalie Ayres de Franco

    setembro 28, 2025 AT 22:31

    É bom ver alguém tentando construir sua própria história, mesmo com tanto peso atrás. Espero que ele consiga.

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    Elisangela Veneranda

    setembro 30, 2025 AT 20:31

    ESSA É A HISTÓRIA QUE A GENTE PRECISA VER NO FUTEBOL 🤍✨ O garoto tá mostrando que talento e humildade existem, mesmo com nome de filme de guerra. Parabéns, Romano! A Cremonese acertou em cheio! 🙌⚽️

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    Pedro Completo

    outubro 2, 2025 AT 13:44

    Este é um caso clássico de nepotismo disfarçado de “história inspiradora”. A Lazio não o emprestou por mérito - foi por pressão midiática e interesse comercial. Ele não é “um garoto comum que superou obstáculos”; ele é um produto de elite, com acesso a escolas internacionais, treinadores de renome, e cobertura de TV desde os 12 anos. O fato de ele não ser fascista não o torna merecedor. O futebol não é um reality show de redenção. E a Cremonese? Estão apostando em marketing, não em futebol. E os torcedores? Estão enganados. Isso não é inspiração. É manipulação.

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