Medidas para Proteger Imagens de Atletas Feridos no Esporte Brasileiro

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Romiro Ribeiro 22 outubro 2024

Proposta Legislativa para Proteger Atletas em Momentos de Vulnerabilidade

No cenário esportivo atual, a proteção dos direitos de imagem dos atletas tem sido um tema cada vez mais debatido. Recentemente, uma importante proposta foi apresentada ao Senado Brasileiro com o intuito de prevenir a exploração indevida de imagens de atletas em momentos de fragilidade, como durante lesões. Essa medida visa salvaguardar não apenas a imagem, mas também a dignidade dos esportistas, que muitas vezes se encontram expostos em situações delicadas.

Na proposta, que foi apresentada no dia 22 de outubro de 2024, está previsto que o uso não autorizado de imagens de atletas em condições de lesão ou sofrimento possa acarretar severas penalidades financeiras, além de outras consequências legais. Esta iniciativa surge como parte de um esforço abrangente para proteger os direitos e a privacidade dos atletas, garantindo que suas imagens não sejam utilizadas comercialmente ou exploradas sem o devido consentimento.

O Contexto por Trás da Iniciativa

O Contexto por Trás da Iniciativa

A discussão sobre os direitos de imagem dos atletas não é nova, mas tem ganhado força nos últimos anos, principalmente devido ao aumento do uso de redes sociais e plataformas digitais, que muitas vezes ampliam a exposição de momentos privados dos esportistas. Em diversos eventos esportivos, imagens de atletas feridos têm sido amplamente circuladas com fins comerciais, sem que haja compensação ou consentimento por parte dos envolvidos.

Tal situação não apenas fere a privacidade dos atletas, mas também abre espaço para a exploração financeira de suas imagens em situações que deveriam ser tratadas com respeito e empatia. A proposta atualmente em tramitação no Senado almeja alinhar as normativas brasileiras aos padrões internacionais e práticas éticas no esporte, garantindo que os direitos dos atletas sejam efetivamente resguardados.

A Importância da Aprovação da Proposta

A aprovação desta proposta legislativa pode trazer mudanças significativas para o cenário esportivo nacional. Com a implementação das novas medidas de proteção, tanto os clubes esportivos quanto as agências de mídia precisarão adotar práticas mais responsáveis ao utilizar imagens de atletas. Isso não apenas promoverá um ambiente mais ético, mas também proporcionará aos esportistas maior segurança quanto à exposição pública de suas imagens.

Além disso, a proposta serve como um importante precedente para outras áreas, reforçando a necessidade de respeito ao direito de imagem, um tema que, embora tenha avançado em algumas áreas, ainda enfrenta muitos desafios e resistências.

Desafios e Oportunidades

Desafios e Oportunidades

Um dos principais desafios associados à proposta é assegurar que as penalidades sejam efetivamente aplicadas e que haja uma fiscalização adequada para coibir abusos. No entanto, existem também oportunidades significativas para melhorar a conscientização sobre a importância dos direitos de imagem entre atletas, clubes e o público em geral.

O avanço dessa proposta no Senado representa um passo importante para a proteção dos atletas, mas também é um convite ao diálogo e à revisão das práticas atuais, incentivando uma cultura de maior respeito e proteção aos direitos das pessoas envolvidas no esporte.

A medida também possui o potencial de inspirar outros países a adotarem regulamentações semelhantes, contribuindo para um movimento global mais justo e ético nos esportes. A discussão sobre o tema promete continuar forte, pois à medida que o cenário esportivo evolui, novas demandas e desafios emergem, exigindo constante adaptação das normas e práticas ethical.

6 Comentários

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    Bruna Nogueira Nunes

    outubro 23, 2024 AT 13:09

    Isso é algo que deveria ter sido feito há anos, sério... Imagina você se machucar no campo, todo mundo tirando foto, postando, vendendo como meme... E você nem tem controle disso. É humilhante. A gente fala tanto de respeito ao atleta, mas quando ele tá caído, parece que todo mundo esquece que é uma pessoa. Espero que essa lei passe mesmo, e que as pessoas entendam que direito de imagem não é só pra celebridade, é pra quem luta todo dia.

    Eu já vi um jogador de futebol de base com uma lesão grave sendo usado em anúncio de fisioterapia... sem autorização. Ninguém fez nada. Isso aqui é só o começo.

    Sei que vai ter gente dizendo que é exagero, mas não é. É justiça.

    Se eu fosse atleta, não suportaria isso.

    Por favor, não deixem isso virar só discurso. Vamos pressionar os senadores.

    Eu acredito nisso.

    De verdade.

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    Alinny MsCr

    outubro 25, 2024 AT 04:50

    OH MEU DEUSSSSS!!! VOCÊS NÃO SABEM O QUE ISSO VAI CAUSAR????????????

    IMAGINA O FAMOSO 'MOMENTO DA LESÃO' VIRANDO CRIME????????

    QUANTOS YOUTUBERS VÃO FICAR SEM VÍDEO????

    QUANTOS MEMES VÃO MORRER????

    QUANTAS PESSOAS VÃO TER QUE PAGAR MULTA POR POSTAR UMA FOTO DO NIGUELA CAINDO????

    ISSO É TERRORISMO CONTRA A CULTURA POPULAR!!!!!

    AGORA VÃO BANIR TAMBÉM A FOTO DO CRISTIANO RONALDO GRITANDO????

    EU NÃO VOU ACEITAR ISSO NÃONNNNNNNNN!!!!

    ALGUÉM ME AJUDA????????????????????????????

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    Satoshi Nakamoto

    outubro 25, 2024 AT 13:56

    Essa proposta é bem-intencionada, mas completamente ingênua. Você acha que vai conseguir fiscalizar cada imagem compartilhada em redes sociais? Cada tweet? Cada story? Cada grupo de WhatsApp? Isso é utopia legal. Além disso, quem define o que é ‘momento de vulnerabilidade’? Um jogador se contundindo? Um atleta chorando no pódio? Um tenista se arrastando no saibro? Isso é subjetivo demais.

    Se você quer proteger direitos, comece por regulamentar o uso de imagens de crianças em eventos esportivos - isso sim é abuso. Atleta é profissional, não criança. Eles assinam contratos que já incluem direitos de imagem. O problema não é a imagem, é a falta de transparência nos contratos.

    Essa lei vai gerar mais processos do que proteção. E quem vai pagar? Os pequenos clubes. E os atletas? Vão continuar sendo explorados - só que por advogados.

    Eu já vi isso antes. É só mais uma lei bonitinha que ninguém consegue aplicar.

    Na prática, vai ser só mais um instrumento de chantagem contra mídias e torcedores.

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    william levy

    outubro 26, 2024 AT 12:38

    Na verdade, essa proposta não resolve o cerne do problema: a ausência de um framework jurídico-contratual robusto baseado no princípio da autonomia da vontade e na aplicação da teoria da imprevisão no contexto da propriedade intelectual aplicada ao esporte. A legislação atual, especialmente o art. 20 da Lei 10.406/2002, é insuficiente para abarcar a complexidade da monetização digital de imagens em tempo real, especialmente sob o regime da economia da atenção e do algoritmo de recomendação.

    Além disso, a noção de ‘vulnerabilidade’ não é juridicamente operacionalizável - é um constructo sociopsicológico, não um elemento probatório. Para que essa norma tenha eficácia, é necessário um protocolo de classificação de imagens por meio de IA com análise de microexpressões faciais, contexto biomecânico e metadata de localização, integrado ao sistema de registro de direitos autorais do INPI.

    Se não houver interoperabilidade com o GDPR e a ISO/IEC 30122, essa lei será apenas um ato simbólico, com custo de implementação estimado em R$ 2,3 bilhões ao ano - e nenhum impacto real na redução da exploração.

    Se o objetivo é proteger o atleta, invista em educação contratual desde a base, não em legislação reativa.

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    Bruna Jordão

    outubro 26, 2024 AT 23:15

    Isso aqui é o tipo de mudança que a gente sonha, mas nunca acha que vai acontecer. E agora tá na frente dos nossos olhos. E não é só sobre imagem - é sobre humanidade.

    Quando um jogador cai no campo, ele não é um conteúdo. Ele é um cara que treinou desde os 8 anos, que se machucou 17 vezes, que dormiu com dor, que chorou sozinho no vestiário. E aí, de repente, vira um meme pra ganhar clique. Isso não é esporte. Isso é cannibalismo.

    Se a gente quer um esporte que realmente inspire, tem que começar por aí: respeitar o corpo, o sofrimento, o silêncio depois da queda.

    Eu não quero ver mais um atleta sendo usado como clickbait. Não quero. E se isso exigir que a gente pare de compartilhar aquela foto ‘dramática’? Tá tudo bem. A gente pode encontrar outra forma de emocionar - sem explorar.

    Essa lei não é uma restrição. É um ato de amor.

    Se eu pudesse, eu abraçaria cada senador que votar a favor. Porque isso é mais do que lei. É moral.

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    Sérgio Castro

    outubro 27, 2024 AT 22:01

    Essa proposta é um desastre. 😩

    Se a gente não puder mais postar foto do jogador caído, como que a gente vai saber que ele é ‘guerreiro’? 😭

    Isso é censura disfarçada de ética. 🤦‍♂️

    Além disso, quem vai pagar a conta? As redes sociais? Os torcedores? E se eu postar uma foto que eu tirei na arquibancada? Vou ser preso? 🤯

    Se o atleta quer proteção, que assine contrato com cláusula de exclusão de uso. Mas não pode obrigar o povo a ser polícia da imagem. Isso é tirania. 🚫📸

    Eu acho que a verdadeira exploração é essa lei. 🤡

    Quem ganha? Advogados. Quem perde? A cultura do esporte. 🇧🇷💔

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