Donald Trump presencia UFC 309 e recebe cinturão de Jon Jones em NY

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Romiro Ribeiro 5 outubro 2025

Quando Donald Trump, presidente‑eleito dos EUA, apareceu no UFC 309Madison Square Garden, a expectativa foi instantânea: será que o esporte e a política finalmente colidem?

Um pano de fundo político e esportivo

Na manhã de 16 de novembro de 2024, o mundo ainda digeria a vitória de Trump nas eleições presidenciais. Seu mandato ainda era uma promessa, mas a agenda de transição já ganhava ritmo. Ao mesmo tempo, a UFC, que há anos cultivava laços com a direita americana, preparava um dos maiores cartões do ano, prometendo marcar "uma noite histórica".

O entusiasmado Dana White, presidente da organização, já havia insinuado que o presidente‑eleito seria "o convidado de honra". Essa promessa ecoou nos corredores de Washington e nas arenas de treinamento, criando uma aura que puxava tanto fãs de luta quanto apoiadores políticos.

Detalhes da noite no Madison Square Garden

O estádio, localizado em Manhattan, recebeu cerca de 22 mil espectadores, um número que rivaliza com a maioria dos eventos esportivos americanos. O ambiente estava carregado de energia: bandeiras americanas, cartazes de campanha e, claro, a icônica iluminação da UFC.

Além de Trump, a plateia de convidados contou com nomes de peso como Elon Musk, recém‑nomeado co‑chefe do Departamento de Eficiência Governamental; o senador Mike Johnson; o prefeito de Nova Iorque Eric Adams; e a celebridade rock Kid Rock. A mistura de política, tecnologia e música criava um cenário quase surreal.

A luta: Jon Jones vs. Stipe Miocic

O combate principal tinha como protagonistas Jon Jones, detentor do cinturão mundial dos pesados da UFC, e o veterano Stipe Miocic, ex‑campeão que buscava voltar ao topo. Jones, que já havia vencido 24 lutas consecutivas na categoria, entrou confiante e mostrou por que é considerado "o melhor atleta de combate da era moderna".

Em ritmo acelerado, Jones acertou um golpe de esquerda que nocauteou Miocic no segundo round, provocando uma explosão de aplausos. O árbitro encerrou a disputa rapidamente, mas o real espetáculo ainda estava por vir.

O gesto simbólico: entrega do cinturão a Trump

O gesto simbólico: entrega do cinturão a Trump

Após a vitória, Jones realizou o que rapidamente se popularizou como "a dança do Trump" – um movimento de braço que havia sido destaque nas campanhas de 2016 – enquanto apontava diretamente para a bancada onde Trump estava sentado. O público aplaudiu alto; algumas câmeras capturaram até gritos de "Make America Strong Again!"

Mas o clímax aconteceu quando Jones, ainda suado e vibrando, tirou o cinturão de campeão da UFC do braço e o entregou a Trump. O presidente‑eleito recebeu a faixa com um sorriso que se espalhou por todo o ring. A cena foi transmitida ao vivo, gerando milhares de compartilhamentos nas redes sociais e alimentando debates sobre a fusão entre poder político e cultura pop.

"É uma honra receber esse símbolo de excelência", comentou Trump, segundo relatos de repórteres no local. "Acredito que o espírito de luta representa o que precisamos para fazer a América grande novamente".

Reações e implicações

Especialistas em comunicação política observaram que o gesto poderia servir de "amplificador de base" para Trump, reforçando sua imagem de líder que celebra vitórias em todos os campos. Por outro lado, críticos argumentaram que a entrega do cinturão poderia minimizar a seriedade do esporte, transformando-o em ferramenta de propaganda.

Na comunidade da UFC, a reação foi mista. Enquanto alguns atletas elogiaram a energia da noite, outros levantaram preocupações sobre o risco de politizar demais os eventos de artes marciais. O sindicato dos lutadores ainda não se pronunciou oficialmente.

Para a cidade de Nova Iorque, o evento trouxe um impulso econômico imediato: estimativas apontam cerca de US$ 3,2 milhões em receitas de hospedagem, alimentação e transporte. O prefeito Adams anunciou planos para tornar o Madison Square Garden um local ainda mais atrativo para grandes espetáculos.

Próximos passos

Próximos passos

Com a posse de Trump prevista para janeiro de 2025, a expectativa é que ele continue a usar eventos de alto perfil como palcos de comunicação. O UFC, por sua vez, planeja uma série de lutas em cidades-chave antes do fim do ano, possivelmente reforçando parcerias com figuras públicas.

Seja como for, a noite de 16 de novembro ficará marcada nos anais da cultura americana como o ponto onde "o octógono encontrou a Casa Branca" – ainda que de forma simbólica.

Perguntas Frequentes

Qual foi o motivo da presença de Donald Trump no UFC 309?

Trump usou o evento como celebração da vitória nas eleições, buscando conectar-se com seu público em um ambiente de entretenimento de massa e reforçar a imagem de líder que apoia o "esporte americano".

Como Jon Jones justificou a entrega do cinturão ao presidente‑eleito?

Em entrevista curta após a luta, Jones disse que via o gesto como um reconhecimento ao apoio da comunidade política à UFC e como um símbolo de união entre duas paixões americanas – o esporte e o patriotismo.

A entrega do cinturão pode ter consequências legais para a UFC?

Até o momento não há indicação de violações contratuais. A UFC tem autonomia para permitir que seus atletas façam gestos simbólicos, desde que não comprometam direitos de transmissão ou de patrocínio.

Qual o impacto econômico imediato do UFC 309 em Nova Iorque?

Especialistas estimam que o evento gerou cerca de US$ 3,2 milhões em receitas diretas, incluindo hotéis, restaurantes e transporte, além de promover a cidade como destino de grandes shows esportivos.

O que dizem os analistas sobre a mistura de política e esportes neste caso?

A maioria acredita que o acontecimento reforça a estratégia de Trump de usar plataformas culturais para ampliar sua mensagem, embora alguns alertem sobre o risco de alienar fãs que preferem manter política e entretenimento separados.

1 Comentários

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    Anne Princess

    outubro 5, 2025 AT 22:39

    Sério, esse desfile de poder em volta do octógono é ridículo demais!!! Trump se acredita dono do ringue, e a UFC nem se toca!!! Vamo ver se essa mistura vira mais um circo político ou se o público realmente curte esse show de ego!

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