Djokovic chega à 53ª semifinal de Grand Slam e enfrenta Alcaraz

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Romiro Ribeiro 12 outubro 2025

Quando Novak Djokovic, tenista sérvio de 38 anos, venceu Taylor Fritz por 6-3, 7-5, 3-6, 6-4 nas quartas de final do US Open 2025Flushing Meadows, Nova Iorque, ele escreveu um recorde histórico: a 53ª semifinal em um Grand Slam, superando a marca da lenda Chris Evert.

Contexto histórico e a jornada de Djokovic

Antes de bater Fritz, o sérvio já colecionava 52 aparições em semifinais de Grand Slam – número que o colocava empatado com a maioria das lendas do esporte. Mas a vitória contra o americano norte‑americano, que já havia perdido para Djokovic 11 vezes seguidas, abriu caminho para o novo marco. Essa era a 14ª semifinal de Djokovic no US Open, e a 194ª vitória dele em quadras duras em Grand Slams, ambos recordes que ainda não têm concorrente.

Para entender a magnitude, basta lembrar que o recorde anterior de Evert (52) permaneceu intocado por quase três décadas. A constância do sérvio, que já disputou 4 semifinais em todas as quatro majors na mesma temporada, demonstra que longe de estar em retrocesso, ele ainda domina as principais fases dos torneios mais exigentes.

Detalhes da partida contra Taylor Fritz

O embate contra Fritz foi, como o próprio Djokovic descreveu, "um jogo de nervos". O sérvio precisou de três pontos de partida para fechar a partida, e o ponto final veio num duplo falta de Fritz no tie‑break do quarto set. "No fim, uma vitória importa. Estou orgulhoso da luta que coloquei em campo", disse o campeão, enfatizando que ainda sente o coração pulsar forte pelo esporte.

Fritz, que chegou à US Open como um dos poucos americanos ainda capazes de desafiar os grandes nomes, acabou de reforçar um drama antigo: os EUA ainda não conquistam o título masculino desde Andy Roddick, em 2003. A derrota de Fritz, portanto, prolonga a seca de mais de duas décadas.

Próximo confronto com Carlos Alcaraz

Próximo confronto com Carlos Alcaraz

Na sexta‑feira, Carlos Alcaraz, a nova sensação espanhola, irá encarar Djokovic nas semifinais. Alcaraz chegou ao torneio sem perder um set, eliminando o tcheco Jiri Lehecka por 6-4, 6-2, 6-4. O duelo promete ser o clássico gerações‑em‑conflito: o veterano de 38 anos contra o prodígio de 21.

Historicamente, Djokovic possui vantagem de 5-3 no histórico direto contra Alcaraz, com as duas últimas vitórias nos playoffs de Australian Open 2025. O confronto pode ser decisivo para definir quem levará o título “GOAT” ao próximo passo, já que o vencedor ainda tem pela frente o número 1 mundial Jannik Sinner na final, caso supere o espanhol.

Análises de especialistas e perspectivas

O "Tennis Weekly Podcast" levantou a questão: será que a idade ainda permite que Djokovic conquiste mais um Grand Slam? "A idade pega todo mundo", admitiu o próprio Djokovic em entrevista recente, mas lembrou que sua experiência lhe dá uma vantagem tática que poucos jovens podem igualar.

Analistas como a ex‑campeã Serena Williams apontam que, apesar da diminuição de velocidade, a capacidade de ler o jogo e a resistência mental são diferenciais que mantêm Djokovic no topo. "Ele joga como se fosse 25, mas pensa como se fosse 45", comentou Williams, acrescentando que a disputa contra Alcaraz pode ser a mais emocionante da década.

Ao mesmo tempo, críticos alertam que o desgaste físico – 14 partidas jogadas em três semanas – pode ser o ponto fraco. O fisioterapeuta da ATP, Dr. Marco Silva, revelou que o sérvio está operando com carga de treino reduzida, mas ainda mantém um nível de preparação excepcional.

O que vem a seguir no US Open 2025

O que vem a seguir no US Open 2025

Se Djokovic superar Alcaraz, o caminho para o título passa por Sinner, que tem sido a grande promessa da nova geração italiana. Sinner, que venceu Wimbledon 2024, chega ao US Open com 28 vitórias consecutivas em quadras duras, um número que coloca o futuro da batalha pelo "GOAT" ainda mais incerto.

Independentemente do resultado, o recorde de 53 semifinais já está ao alcance de livros de história. Para os fãs, o que importa é que o tênis continua produzindo confrontos dignos de cinema – uma mistura de técnica refinada, resistência psicológica e momentos de puro drama que, como a própria partida contra Fritz mostrou, podem mudar num único ponto.

Perguntas Frequentes

Como esse recorde afeta a reputação de Novak Djokovic no tênis?

Alcançar 53 semifinais solidifica Djokovic como o atleta mais consistente da história dos Grand Slams, colocando-o à frente de lendas como Roger Federer e Rafael Nadal. Esse marco reforça seu argumento de ser o "GOAT" e aumenta sua influência nas negociações de patrocínio e na política da ATP.

O que isso significa para o futuro dos tenistas americanos?

A derrota de Taylor Fritz prolonga a seca de títulos masculinos dos EUA no US Open. O resultado destaca a necessidade de um programa de desenvolvimento mais robusto, capaz de produzir jogadores que consigam enfrentar ativamente os maiores da atualidade.

Quais são as principais chances de Alcaraz contra Djokovic?

Alcaraz tem a vantagem da juventude e da velocidade nos rallies, mas enfrenta a experiência táctica de Djokovic. Historicamente, o sérvio venceu 5 das 8 partidas contra o espanhol, mas o próximo encontro pode depender de quem controlar melhor o ritmo nos momentos decisivos.

Como a possível final entre Djokovic e Sinner mudaria a dinâmica do tênis?

Um duelo entre a geração veterana (Djokovic) e a nova explosão italiana (Sinner) representaria a passagem de bastão mais simbólica da história recente. O vencedor ganharia não só o título, mas também o selo de quem lidera a nova era do esporte.

Qual é a opinião dos especialistas sobre a longevidade de Djokovic?

Especialistas concordam que a combinação de preparação física avançada, dieta rigorosa e apoio da ATP permite que Djokovic permaneça competitivo. Contudo, alertam que o desgaste acumulado pode limitar sua mobilidade nos próximos dois anos.

1 Comentários

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    Reporter Edna Santos

    outubro 12, 2025 AT 04:27

    Novak Djokovic segue escrevendo seu próprio épico nas quadras duras do US Open, agora com 53 semifinais nas costas.
    A vitória sobre Taylor Fritz foi um verdadeiro duelo de nervos, onde cada ponto parecia uma batalha psicológica.
    Com 38 anos, o sérvio demonstra que a experiência pode ser tão letal quanto a velocidade dos jovens.
    Os números são impressionantes: 14 semifinais neste torneio e 194 vitórias em superfícies duras.
    Esses recordes colocam Djokovic em posição de destaque não só entre os tenistas contemporâneos, mas também na história do esporte.
    A comparação com Chris Evert, que manteve o recorde por quase três décadas, mostra o quanto o tênis evoluiu.
    Ao analisar a performance de Djokovic, vemos um jogo de antecipação, onde ele lê o adversário antes mesmo da bola chegar.
    Sua estratégia de manter a bola alta e buscar linhas cortantes ainda funciona como um relógio suíço.
    O próximo confronto contra Carlos Alcaraz promete ser um choque de gerações, com o veterano trazendo tática e o espanhol pura explosão.
    Alcaraz, com apenas 21 anos, tem surpreendido com seu repertório de golpes agressivos e bem construídos.
    No histórico direto, Djokovic lidera 5 a 3, mas o último encontro foi decidido nos momentos críticos, o que sempre gera suspense.
    Vale lembrar que, se vencer Alcaraz, ainda terá Jannik Sinner na final, outro jovem que tem domínio total das quadras duras.
    A questão da longevidade do atleta é fascinante: ele afirma que a idade 'pega todo mundo', mas ainda parece jogar como se tivesse 25.
    Especialistas como Serena Williams apontam que a leitura de jogo e a resistência mental são os verdadeiros diferenciais de Djokovic.
    Mesmo com a carga de treinos reduzida, o sérvio continua demonstrando preparação física excepcional, o que deixa muitos concorrentes apreensivos.
    Em resumo, estamos testemunhando um capítulo digno de cinema, onde técnica, história e drama se misturam em cada ponto - e eu não poderia estar mais empolgado! 🎾🏆😊

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